Nesses últimos tempos eu tenho pensado sobre certas questões
relacionadas à vida da igreja. Quando paramos pra fazer uma programação para o grupo de jovens, por exemplo, freqüentemente
caímos naquela história de:
Músicas dançantes (mesmo que talvez tenha uma letra que não faça tanto sentido
assim), cantores estilosos para os congressos, belas luzes, teatros com grandes
efeitos especiais, vídeos bombásticos, decorações incríveis, palestrantes
modernos, cartazes hipsters, uma cantina caprichada pra “comunhão” pós culto e
tantas outras coisas. Tudo isso pra que os jovens venham e, achando tudo aquilo
incrivelmente divertido, sintam-se motivados a continuar vindo à igreja.
Aí nós dizemos uma frase bem bonita do tipo “temos mesmo que fazer o melhor pra
Deus!” Sinceramente, não sei onde isso tem nos levado. Não quero dizer que nossas
reuniões deveriam ser, na aparência, como as reuniões da igreja primitiva, mas
sim no conteúdo. De uma coisa eu sei, o evangelho bíblico, aquele real, não se
apega a milhões de subterfúgios pra “segurar” as pessoas. Até porque nós é que
somos os carentes, carentes da graça de Deus, e Ele deixa isso bem claro!!!
As vezes parece que a igreja percebeu que o mundo tem muitas
coisas incríveis e por isso tem que competir à altura fazendo seus “big eventos”
super produzidos para chamar as multidões.
Não acho errado usar a arte e a tecnologia em nossas reuniões, muito pelo
contrário, mas meu medo é termos como
prioridade coisas como essas, que quando bem feitas,apenas mudam nosso ânimo em
um dia mau, mas não nossas vidas.
E se um dia não tivéssemos mais nada disso, só o cristianismo puro e simples seria o suficiente?
Que nossa boa performance não se torne mais importante do que nossas orações,
nossas roupas bacanas mais importantes do que nossos corações, nossa maneira de
falar mais importante do que a palavra de Deus e nossa popularidade mais
importante que nossa comunhão.
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Beijo